Em momentos de tensão coletiva — como o apagão que hoje atinge a Península Ibérica — é normal sentirmo-nos ansiosos, inseguros ou até irritados.
A quebra súbita daquilo que damos por garantido, como a luz ou os pagamentos por cartão ou, simplesmente, ter semáforos na rua, ativa no nosso cérebro uma resposta primitiva de alarme: “algo está errado”. (O sistema límbico está em modo de hipervigilância)
Nestas alturas, o nosso sistema nervoso pode entrar em estado de alerta máximo, mesmo que o perigo real seja limitado.

É importante reconhecer essas reações sem as julgar: o medo, a confusão ou o desconforto não são fraquezas, são mecanismos de sobrevivência.
O que podemos fazer? Respirar fundo. Focar-nos no presente. Aceitar que nem tudo está sob o nosso controlo e que, tal como a luz, a tranquilidade também pode voltar gradualmente.
Nestes momentos, também somos chamados a exercitar a paciência, a cooperação e a capacidade de adaptação – competências emocionais que fazem toda a diferença, tanto nas crises como na vida quotidiana.
Hoje, o apagão lembra-nos: somos mais vulneráveis do que gostamos de acreditar. E isso, longe de ser apenas uma fonte de ansiedade, pode também ser uma oportunidade para nos conectarmos connosco e com os outros de forma mais autêntica.
Um abraço e coragem
Diogo Guerreiro







Deixe uma resposta para swiftlyoptimistica02fbac7fa Cancelar resposta