Por estes dias, um colega de outra especialidade comentou a sua perplexidade pelo facto das estatinas (medicamentos utilizados para controlar os níveis do chamado colesterol “mau”) não terem uma comparticipação superior à dos antidepressivos. Na sua ideia, as doenças cardiovasculares representavam um custo demasiado elevado em termos sociais pelo que se deveriam ser colocadas num lugar de primazia comparativamente com outras patologias, nomeadamente, as perturbações psiquiátricas. Tenho-me apercebido que esta é uma noção que está cristalizada não apenas entre a classe médica, mas em toda a sociedade de uma forma transversal. E o que dizem afinal os números?
Desde há uns anos que a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Banco Mundial encomendam à Harvard School of Business que elabore estudos acerca da evolução dos custos directos e indirectos da saúde e das doenças, com vista a estabelecer prioridades e definir programas de intervenção à escala global. Para facilitar a leitura dos dados…
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