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Guia para um final feliz

18 Jun

guia p final felizSó recentemente vi o filme “Silver Linings Playbook” (ou “Guia para um final feliz”), uma obra a meu ver muito feliz, com óptimas actuações, destacando-se claramente a Jennifer Lawrence que ganhou o Oscar de melhor actriz principal.

Retrata a história de um indivíduo com uma suposta doença bipolar, o Pat (Bradley Cooper). O filme inicia-se com o seu regresso a casa após um internamento de origem judicial por agressão ao amante da sua ex-mulher. Logo nas primeiras cenas o cenário é de “caos familiar“, para além de Pat, vários elementos são retratados pela presença de sintomas psiquiátricos. O pai (Robert DeNiro) apresenta traços obsessivo-compulsivos caracterizados por jogo patológico, superstições (ou pensamento mágico em jargão psiquiátrico) e algumas dificuldades no controlo da raiva. A mãe (Jacki Weaver) é uma mulher passiva, que tenta em vão equilibrar a instabilidade do filho e do marido através de sorrisos forçados e comidas caseiras.

Como seria de esperar esta família acaba por “rebentar”, numa cena muito realista em que o pai e o filho entram em conflito físico e em que a mãe é acidentalmente magoada. É a partir desta base, como qualquer bom filme de Hollywood, que o filme parte numa sequência de eventos que irão levar ao tão procurado final feliz!

Um elemento externo surge nesta família, a Tiffany (Jennifer Lawrence), que é também uma personagem atormentada pelo fantasma da morte do ex-namorado que morreu num acidente de viação durante o qual ela ia a conduzir, que acaba por representar os indivíduos com processos de luto patológico (com sentimentos de culpa marcados, incapacidade para seguir em frente e alguns sintomas de stress pós-traumático – que se expressam bem na sua incapacidade para conseguir ligar-se a outro homem).

As representações das doenças psiquiátricas neste filme são razoáveis, o diagnóstico de bipolaridade ao olhar de um psiquiatra parece duvidoso, manifestando-se apenas por comportamentos agressivos e crises de irritabilidade. No entanto o filme foca coisas muito importantes como a necessidade de um seguimento adequado, com um médico em quem se confia (e como isso pode ser difícil no inicio), foca a importância e dificuldade de tomar medicação psiquiátrica, etc. Não levanta muitos preconceitos relativos à psiquiatria (aliás o Médico Psiquiatra até se torna amigo do Pat) o que é bom.

Mas na realidade o que interessa isso? É um filme bem disposto, em que se mostra como em alturas de crise lutar por um objectivo, aceitar ajuda de amigos e da família e, não desistir, podem levar aquilo a que todos procuramos: Um final feliz!

(e a cena final no concurso de dança é espectacular!!)

Recomendo

DG 2013

PS: Para ler mais sobre doença bipolar: http://www.alterstatus.com/pt/doenca-bipolar

 

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