Quando a infância nos apanha de surpresa

Hoje encontrei a minha velha coleção de carros em miniatura. Há décadas que não os via, mas bastou um olhar para sentir um aperto no peito—uma mistura de surpresa, nostalgia e um certo encanto infantil.

Cada um destes carrinhos tem uma história. As corridas desenfreadas pelo chão da sala, os acidentes dramáticos contra rodapés, as aventuras que só existiam na minha cabeça. Estão gastos, riscados, alguns com rodas tortas, mas, de certa forma, ainda intactos no tempo.

Engraçado como certos objetos não são só objetos. São portais. Levam-nos de volta a momentos, a sensações, a versões de nós que julgávamos perdidas. E hoje, aos 45 anos, percebo que a infância nunca desaparece – fica guardada em pequenos detalhes, à espera de ser reencontrada.

Diogo Guerreiro

Respostas de 2 a “Quando a infância nos apanha de surpresa”

  1. Avatar de furryenthusiastically2a4d412057
    furryenthusiastically2a4d412057

    Eu desfiz-me de todos os objectos de criança e adolescente. Se os mantivesse ficaria deprimida. O passado está em mim e tento não me recordar dele.

    Mdelgado

  2. Avatar de literalmentelivre

    Ainda guardo comigo alguns objetos da minha infância que tem um significado muito grande para mim, preservo não só os objetos como as memórias que tenho dessa época. Um pouco sofrido, um pouco nostálgico e um pouco de felicidade.

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Eu sou o Diogo

Bem-vindo ao Reflexões de um Psiquiatra, o meu canto na galáxia da internet, desde 2013. Aqui falo sobre saúde mental, sobre o quotidiano, sobre crises e alegrias. Vou partilhando alguns dos meus pensamentos e tento desmistificar alguns temas da saúde e da doença mental. Sou Médico Psiquiatra, mas também escritor, investigador, pai e marido.

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