Hoje encontrei a minha velha coleção de carros em miniatura. Há décadas que não os via, mas bastou um olhar para sentir um aperto no peito—uma mistura de surpresa, nostalgia e um certo encanto infantil.
Cada um destes carrinhos tem uma história. As corridas desenfreadas pelo chão da sala, os acidentes dramáticos contra rodapés, as aventuras que só existiam na minha cabeça. Estão gastos, riscados, alguns com rodas tortas, mas, de certa forma, ainda intactos no tempo.

Engraçado como certos objetos não são só objetos. São portais. Levam-nos de volta a momentos, a sensações, a versões de nós que julgávamos perdidas. E hoje, aos 45 anos, percebo que a infância nunca desaparece – fica guardada em pequenos detalhes, à espera de ser reencontrada.
Diogo Guerreiro








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