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Arquivo de etiquetas: Reflexões gerais

Viva a liberdade! Viva a paz! Viva a tolerância!

A liberdade é um dos pilares da boa saúde mental.

De facto, quando olhamos para a definição de Saúde da Organização Mundial da Saúde – “Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade” – é fácil perceber que o bem-estar é muito difícil de alcançar sem se ter autonomia.

Ser autodeterminado e independente, só é possível numa sociedade livre. Poder ser e pensar de forma diferente, ter a capacidade de decidir baseada nos nossos valores, poder perseguir os nossos sonhos, comunicar livremente, são todos fundamentais para o nosso bem-estar!

É bom viver num país democrático, nem consigo imaginar como será viver num sítio em que não poderia expressar a minha opinião (como estou a fazer neste post). Tenho muita pena que tantas pessoas neste planeta 🌍 ainda vivam em regimes autoritários, sujeitos a censura, a intolerância ou a a violência.

Viva a liberdade! Viva a paz ☮️! Viva a tolerância!

Abraços

Diogo Guerreiro

 

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As melhores festas possíveis.

🎄🎅 O Natal e o ano novo, são épocas de balanços e de conexões. Para algumas pessoas são alturas de bem-estar, de relaxamento e bonitas. Para outras são alturas difíceis, de solidão ou de confrontos emocionais. Para outras são uma mistura disto tudo, nada há que seja “a preto e branco”.

Há muito tempo que não desejo boas festas aos meus pacientes. Digo-lhes apenas “as melhores festas possíveis”.

Tentar aproveitar o que há de bom, reconhecendo as coisas menos boas e sendo simpáticos para nós mesmos (não tentando estar “bem à força” porque é “suposto” estarmos felizes nesta altura do ano).

E era isto que vos queria deixar neste espaço virtual. Desejos de as melhoras festas possíveis.

Abraços

Diogo Guerreiro

 

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A vida é como uma bola de espelhos.

A luz anda sempre por aí, mesmo quando não a conseguimos encontrar ela há-de vir ter connosco.
Abraços. 🙏❤️🎶

Diogo Guerreiro

 

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Absurdos do século XXI

Estou totalmente de acordo, cada guerra é um absurdo.

DG 2022

 

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A importância do chão

Por vezes não sentimos, mas estamos sempre a ser empurrados para baixo.

Seja a escalar uma montanha, a deslizar num skate, a subir no elevador…. estamos sempre a ser empurrados para baixo.

Os cientistas chamam a isto a lei da gravidade. “Do ponto de vista cosmológico, a gravidade faz com que a matéria dispersa se aglutine, e que essa matéria aglutinada se mantenha intacta”, diz-me a Wikipédia.

Talvez daí o chão seja por onde se inicia a construção de uma casa, nas fundações, nos alicerces. Afinal, queremos que a nossa casa permaneça intacta e sólida.

Acho que ao nosso ser as leis de Newton também se aplicam. O quotidiano pesa-nos, o crescimento pesa, uma discussão parece impelir-nos para as profundezas da terra.

Penso muito nisto do chão, sobre a segurança (ou insegurança) a ele inerente. Mas o que é o “chão” do nosso “ser”?

Aqui as coisas complicam-se.

Será a segurança de saber que temos valor próprio? Será o saber que com a nossa força, com o nosso corpo, podemos desafiar a gravidade? Será o saber que somos amados?…

O chão é abstrato ou algo concreto? Poderemos mensurar se estamos a pisar um terreno sólido ou a cair em areias movediças?

À procura da segurança se descobrem muitas das nossas inseguranças. Talvez o chão seja simplesmente o chão, afinal, nunca se ouviu falar de alguém que tenha sido absorvido para o centro da terra porque, magicamente, tenha desaparecido um pedaço da crosta terrestre.

Há pessoas que têm sonhos recorrentes em que se sentem a cair, numa queda sem fim. Provavelmente, representando a sua própria insegurança em relação a si mesmos.

Como encontrar a tranquilidade de saber que pisamos terreno sólido? Se calhar não faz sentido a questão em si. Ou talvez a resposta seja: o chão varia, o nosso ser varia, os contextos variam. Mas não iremos, com certeza, ser absorvidos pelo vácuo.

Poderá ser que a tranquilidade e a segurança advenham de aceitar as coisas como são. Afinal a “matéria aglutinada mantém-se intacta”.

Se não pensarmos na gravidade não a sentimos. E o peso dissipa-se, o chão fica mais sólido… talvez sempre o tenha sido.

Diogo Guerreiro

 

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Filme: A metamorfose dos pássaros

Fui ontem ver o filme “A metamorfose dos pássaros”, realizado por Catarina Vasconcelos – candidato português ao óscar de melhor filme estrangeiro. É um filme muito diferente do habitual, com uma abordagem em que mais me parecia estar a ler poesia.

É-me difícil descrever como este filme me tocou. Esteticamente é uma obra de elevada originalidade e delicadeza, que nos toca muito para além daquilo que os olhos observam. A sua riqueza simbólica, assim como a aposta na metáfora como forma de comunicação, coloca o espectador num contacto constante com a sua mente emocional, moldando o que se passa no ecrã às suas próprias vivências. A mim fez-me lembrar os meus avós e percorrer alguns dos locais da minha infância. Acredito que a cada um evoque sensações e lembranças diferentes.

Muito do trabalho em psiquiatra e psicoterapia é aceder a esta parte emocional, assim como perceber as narrativas no modo único que cada pessoa as sente. Mesmo que isto tenha pouco a ver com o que objetivamente se passou. Muitas vezes lidamos com a perda e com os processos de luto que daí decorrem. E muitas vezes é difícil criar um sentido de algo que parece tão pouco racional. Nestes casos, algo essencial é deixar as emoções emergirem, algo que evitamos frequentemente no nosso dia-a-dia… por vezes é preciso inventar para superar, tal como a mensagem principal do filme “Aquilo que o ser humano não consegue explicar, inventa”.

Recomendo muito este filme! Se ainda o apanharem no cinema não percam a oportunidade.

Abraços

DG 2021

 

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Tempestades emocionais

“E quando a tempestade tiver passado, mal te lembrarás de ter conseguido atravessá-la, de ter conseguido sobreviver. Nem sequer terás a certeza de a tormenta ter realmente chegado ao fim. Mas uma coisa é certa. Quando saíres da tempestade já não serás a mesma pessoa. Só assim as tempestades fazem sentido” Haruki Murakami, in ‘Kafka à Beira-Mar

Diariamente ouço histórias de solidão, de saturação e de preocupação com o futuro.

Estamos cansados, pudera. Só queremos saber quando isto acaba, quando podemos voltar à nossa vida.

Vejo que valorizamos coisas simples, tomar um café na rua, beber um copo com um amigo, sossegar num jardim público, levar as crianças a andar de baloiço… por um lado, esta pandemia, levou-nos a por as nossas prioridades em ordem. Por outro, é uma tempestade emocional.

Quem sabe, quando sairmos disto, se nos tornaremos melhores pessoas? Mais focados no nosso eu verdadeiro, mais solidários, mais presentes na nossa única vida…

Gosto de pensar que sim.

Diogo Guerreiro

 

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Dias negros que vivemos

O vírus não se importa se estamos fartos dele, se perdemos a paciência, se estamos cansados. E a verdade é que estamos.

Há quase um ano que a Covid-19 nos limita a vida, nos assusta, nos tira o sono, nos cria ansiedade sobre o que acontecerá no futuro. Porventura alguns já terão tido alguns sustos de saúde relacionados com o vírus e, tragicamente, alguns já terão perdido alguém para esta pandemia.

Os números atuais são assustadores. As descrições dos meus colegas da linha da frente são aterrorizadoras. O desespero, o cansaço, sente-se a revolta por darem o seu melhor e nunca ser suficiente. A meu ver, os profissionais de saúde são neste momento os heróis desta situação pandémica… mas custa ver o quão mal tratados são. Quando alguns não cumprem as recomendações e contribuem para agravar as situações impossíveis nos hospitais, achando que os recursos são ilimitados e que todos os profissionais são super-homens e super-mulheres, não imaginam o mal trato que é isto. Os médicos, os enfermeiros, os auxiliares, os técnicos, são humanos como nós! Sofrem com o que vêem, com a pressão a que estão sujeitos, com a catástrofe a que assistem, deixaram de ter férias, pausas, tempos de descanso. Não é possível pedir-lhes mais!

Estamos todos cansados… exaustos… mas o vírus não.

A sensação de “fadiga pandémica” é algo já bem compreendido, que leva a que as pessoas se desleixem nos cuidados que deveriam ter, na preocupação com os outros e, em casos extremos, poderá levar à negação do problema de uma forma irracional. Mas mesmo que neguemos o vírus ele não nos nega a nós, lamento informar.

É crucial nesta fase tomar conta da nossa saúde mental. Só com a cabeça no sítio podemos lidar com este desafio. Já em Março do ano passado achei que isto seria algo muito importante e… contínuo a achar. Neste post “Cuidar da nossa Saúde Mental no tempo do Coronavírus” têm acesso a algumas dicas que sistematizei nesse sentido.

De facto, para além de cuidar da nossa saúde (física e mental), a única coisa que podemos fazer para contribuir para a luta contra a covid é cumprir as regras de saúde pública, por mais que isto nos custe ou nos canse. Só assim, num grande esforço conjunto e solidário, podemos baixar as taxas de infecção, prevenir a mortalidade e ajudar os nossos profissionais de saúde.

Todas as escolhas têm consequências. Pense bem antes de ignorar as medidas de prevenção contra o coronavírus. Proteja-se a si e aos outros! 🧠💪

Diogo Guerreiro

Médico Psiquiatra

#stopCovid19 #AfastamentoFísico #UsodeMáscara #HigienizaçãodasMãos #EtiquetaRespiratória #Sejaresponsável #FIQUEEMCASA

 

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Novas tecnologias e psicopatologia

Recentemente pediram-me para falar sobre o tema “novas tecnologias e psicopatologia“, nas jornadas de Psiquiatria do Hospital Garcia de Orta. Realmente é um tema muito atual, desafiante, mas também extremamente complexo e extenso… Só refletir no que são “novas tecnologias” me deixou intrigado. Tanto como estudar a sua relação com a saúde (ou, neste caso, a doença) mental. Mas aceitei o desafio e lá estive esta semana a apresentar algumas coisas que estudei.

Novas tecnologias vs cérebro velho

As grandes conclusões são que as novas tecnologias são parte integrante do ecossistema em que os seres humanos habitam e que, sem dúvida, influenciam o nosso cérebro… talvez mesmo ao ponto de o eventualmente modificar! Que apesar das “novas tecnologias” estarem ainda a “anos-luz” das maravilhas que o nosso cérebro consegue fazer, elas evoluem a um ritmo impressionante e, é verdade, que o nosso “velho cérebro” (que demorou muitos milhões de anos a evoluir para a forma como se encontra hoje) poderá ter algumas dificuldades em se adaptar às mesmas.

Mas, na realidade, como em tudo o que se passa na nossa vida, o risco de “as novas tecnologias” nos deixarem “doentes” depende da forma como são utilizadas e dos mecanismos que utilizamos para nos defendermos. E que, aparentemente (digo isto porque não houve ainda tempo suficiente para responder a todas as questões), as “novas tecnologias” tanto podem trazer benefícios como malefícios.

Gostaria também de partilhar este conhecimento com os leitores do blog e da página de facebook. Portanto, aqui fica a apresentação, esperando que gostem e que vos seja útil para refletir sobre esta temática.

A pensar e a refletir.

DG 2019

 

 

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Boas festas

Desejo a todos um Feliz Natal e uma ótima entrada em 2019. Com paz, serenidade, afetos e partilha.

Até breve e obrigado por estarem aí.

DG 2018

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Publicado por em 21 de Dezembro de 2018 em Natal

 

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