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Há 9 anos criei o blog “Reflexões de um psiquiatra”

Entretanto muita coisa aconteceu… como não? Passou quase uma década!

Expandi-o para uma página de Facebook, posteriormente para o Instagram e, mais recentemente, publiquei um livro, intitulado “E quando não está tudo bem?” (em que muitas das ideias foram testadas neste espaço).

Já visitam a página mais de 250 mil pessoas! Acumularam-se quase 200 textos e muitos mais posts nas redes.

A este propósito gostava de partilhar convosco partes de um texto que escrevi, no começo desta aventura, e que explica a minha motivação para investir neste projeto. 

Só me posso sentir grato pela aceitação e por estarem aí desse lado. 🙏

Abraços 

Diogo Guerreiro

Abril 2022

“Afinal como surgiu a ideia de criar um blogue?

O Reflexões de um Psiquiatra nasceu da minha vontade de partilhar e comunicar ideias e pensamentos. A Psiquiatria e a Saúde Mental são áreas onde os preconceitos e as concepções erróneas dominam a sociedade; e consequentemente também a internet ou a blogosfera. Com este blogue quis criar um espaço não só de partilha, mas também de discussão e de desmistificação de alguns destes temas. Mas, concomitantemente, queria também que fosse um espaço muito pessoal, em que os temas da Saúde Mental se misturassem com livros, com cinema, com música, com reflexões minhas sobre o quotidiano e sobre a sociedade. Sobretudo é um projeto que “dá gozo”, que pretende “descomplicar” temas complexos e tratar com humor a assuntos difíceis e pouco falados.

E qual o objectivo?

Vários… O principal é, sem dúvida, criar um espaço de divulgação (e discussão) sobre assuntos relacionados com a prática da Psiquiatria e sobre a Saúde Mental. Espero também que contribua para a luta contra a estigmatização das pessoas que sofrem de doenças mentais. Por outro lado é também um espaço em que gosto de escrever sobre assuntos que parecem ser pouco importantes, (por exemplo: as férias, os momentos de lazer, o sono, etc.) mas que têm influência no dia a dia de todas as pessoas.

Finalmente, um objetivo muito importante, é que esta página mantenha a sua assinatura muito pessoal, afinal é a minha forma subjetiva de ver o quotidiano, por acaso (ou não) sou Psiquiatra de formação e isso influencia inevitavelmente todos os artigos, mas não deixa de ser sobretudo um espaço pessoal, onde partilho algumas das minhas experiência e observações do meu dia a dia.

Não posso deixar nesta fase de referir que este blogue não pretende de forma alguma substituir-se a consultas. Existe aliás um termo de responsabilidade que refere exatamente isto (e que aconselho a leitura aos visitantes de primeira vez).”

 
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Publicado por em 28 de Abril de 2022 em Sem categoria

 

A importância do chão

Por vezes não sentimos, mas estamos sempre a ser empurrados para baixo.

Seja a escalar uma montanha, a deslizar num skate, a subir no elevador…. estamos sempre a ser empurrados para baixo.

Os cientistas chamam a isto a lei da gravidade. “Do ponto de vista cosmológico, a gravidade faz com que a matéria dispersa se aglutine, e que essa matéria aglutinada se mantenha intacta”, diz-me a Wikipédia.

Talvez daí o chão seja por onde se inicia a construção de uma casa, nas fundações, nos alicerces. Afinal, queremos que a nossa casa permaneça intacta e sólida.

Acho que ao nosso ser as leis de Newton também se aplicam. O quotidiano pesa-nos, o crescimento pesa, uma discussão parece impelir-nos para as profundezas da terra.

Penso muito nisto do chão, sobre a segurança (ou insegurança) a ele inerente. Mas o que é o “chão” do nosso “ser”?

Aqui as coisas complicam-se.

Será a segurança de saber que temos valor próprio? Será o saber que com a nossa força, com o nosso corpo, podemos desafiar a gravidade? Será o saber que somos amados?…

O chão é abstrato ou algo concreto? Poderemos mensurar se estamos a pisar um terreno sólido ou a cair em areias movediças?

À procura da segurança se descobrem muitas das nossas inseguranças. Talvez o chão seja simplesmente o chão, afinal, nunca se ouviu falar de alguém que tenha sido absorvido para o centro da terra porque, magicamente, tenha desaparecido um pedaço da crosta terrestre.

Há pessoas que têm sonhos recorrentes em que se sentem a cair, numa queda sem fim. Provavelmente, representando a sua própria insegurança em relação a si mesmos.

Como encontrar a tranquilidade de saber que pisamos terreno sólido? Se calhar não faz sentido a questão em si. Ou talvez a resposta seja: o chão varia, o nosso ser varia, os contextos variam. Mas não iremos, com certeza, ser absorvidos pelo vácuo.

Poderá ser que a tranquilidade e a segurança advenham de aceitar as coisas como são. Afinal a “matéria aglutinada mantém-se intacta”.

Se não pensarmos na gravidade não a sentimos. E o peso dissipa-se, o chão fica mais sólido… talvez sempre o tenha sido.

Diogo Guerreiro

 

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Umas boas entradas e, mais que tudo, uma boa caminhada.

O ano passou.

Ontem estávamos em 2018 e agora em 2019… e, espanto, está tudo igual!… Bom, talvez a vossa sala de estar ou a rua estejam um pouco mais sujas e estejamos a acordar mais tarde que o habitual, mas adiante.

Espero que tenham tomado umas boas resoluções para melhorar a vossa vida (e, já agora, também a dos outros), e que, pelo menos uma dessas decisões, tenha sido tentar gostar e cuidar mais de vocês e de quem vos rodeia.

Agora: mãos à obra, “o caminho faz-se caminhando”.

Feliz 2019!

Abraços

DG

“Caminante, son tus huellas el camino y nada más;

caminante, no hay camino,

se hace camino al andar.

Al andar se hace el camino,

y al volver la vista atrás

se ve la senda que nunca

se ha de volver a pisar.

Caminante no hay camino

sino estelas en la mar.”

Poema de Antonio Machado

 
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Publicado por em 1 de Janeiro de 2019 em Sem categoria

 

Dia “Time to Talk”

tttd-960-x-9603.jpgUma organização do Reino Unido promove o dia do “Tempo para Falar” (“Time to Talk”) sobre a Saúde Mental. O objetivo é diminuir a descriminação e o estigma a que muitos dos que sofrem com doença mental estão sujeitos… e isto pode ser feito de forma simples: falando sobre o assunto!

Este é o site oficial: https://www.time-to-change.org.uk

Neste site existe um vasto conteúdo, que todos podemos utilizar para sensibilizar sobre este tema. Estão disponíveis mais de 1000 histórias pessoais.

Aqui está um excerto retirado do site: 

Cerca de 1 em cada 4 pessoas terá um problema de saúde mental este ano, mas a vergonha e o silêncio podem ser tão maus quanto o próprio problema de saúde mental. A sua atitude em relação à saúde mental pode mudar a vida de alguém“.

Que não hajam dúvidas em relação a isto, a atitude de todos nós perante a Saúde Mental pode levar a mudanças substanciais na qualidade de vida dos outros… Por isso, fale sobre isto…

Desafio aceite, e vocês?

Abraços
DG 2018

Neste post mais antigo poderão ver alguns dos mitos (ideias erradas) mais comuns sobre este tema: https://reflexoesdeumpsiquiatra.com/2014/09/08/10-mitos-sobre-saude-mental/

 

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Feliz 2018

Seguem os melhores desejos para esta época festiva. Para alguns esta é uma altura de festa e afetos, para outros altura difícil… mas a mudança do ano lembra-nos que tudo é possível, que tudo está nas nossas mãos. Que guardem alguns desejos de ano novo para decidirem preocupar-se convosco e com os que lhes são mais queridos, para apostar em ter uma boa saúde mental e física – ingredientes indispensáveis para a felicidade.

Continuem por aí e eu continuo por aqui.

Uma boa entrada em 2018!

 
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Publicado por em 29 de Dezembro de 2017 em Sem categoria

 

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Divulgação: (Re)Descobrir a Psicopatologia – I Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Psicopatologia

Serve o presente post para divulgar este evento científico que acho ser de ótima qualidade e uma oportunidade para discutir e atualizar, sobre um vasto número de temas na área da Psicopatologia. O I Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Psicopatologia.

Nos dias 8 e 9 de Abril de 2016 irá realizar-se na Aula Magna da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa o 1º Encontro da Associação Portuguesa de Psicopatologia intitulado Re-Descobrir a Psicopatologia, que contará com a presença de um painel de palestrantes nacionais e convidados internacionais com temas subordinados ao âmbito das bases da Psicopatologia e os novos desafios que surgem para a sua reformulação.

I encontro associacao port psicopatologia.pngAqui fica o link onde poderão encontrar o programa: http://psicopatologia.pt/agenda/redescobrir

E o link para a página de facebook da Associação.

Encontramo-nos lá?

Abraços

DG 2016

 

 

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Galeria

10 de Setembro – Dia Mundial da Prevenção do Suicídio

Reflexões de um Psiquiatra

Neste dia convido-vos a assistir a esta pequena apresentação que preparei sobre o tema:

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Publicado por em 10 de Setembro de 2015 em Sem categoria

 
Ligação

Um post muito interessante, pelo Dr. Pedro Morgado, publicado no blog Obsessivamente. Uma reflexão sobre os custos da doença mental (quer falemos do tratamento, do não tratamento ou das estratégias de prevenção). Até quando será a Saúde Mental o “parente pobre” da Medicina!?

doença mental

Obsessivamente

Por estes dias, um colega de outra especialidade comentou a sua perplexidade pelo facto das estatinas (medicamentos utilizados para controlar os níveis do chamado colesterol “mau”) não terem uma comparticipação superior à dos antidepressivos. Na sua ideia, as doenças cardiovasculares representavam um custo demasiado elevado em termos sociais pelo que se deveriam ser colocadas num lugar de primazia comparativamente com outras patologias, nomeadamente, as perturbações psiquiátricas. Tenho-me apercebido que esta é uma noção que está cristalizada não apenas entre a classe médica, mas em toda a sociedade de uma forma transversal. E o que dizem afinal os números?

Desde há uns anos que a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Banco Mundial encomendam à Harvard School of Business que elabore estudos acerca da evolução dos custos directos e indirectos da saúde e das doenças, com vista a estabelecer prioridades e definir programas de intervenção à escala global. Para facilitar a leitura dos dados…

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Publicado por em 5 de Março de 2014 em Sem categoria

 
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2014 vamos a isso!

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Publicado por em 1 de Janeiro de 2014 em Sem categoria

 
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Mude a Sua Atitude Face à Doença Mental!

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Publicado por em 8 de Outubro de 2013 em Sem categoria

 
 
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