Um espaço de pensamento e ideias pessoais acerca de saúde mental, quotidiano, crises e alegrias. Por Diogo Guerreiro, Médico Psiquiatra e autor do livro “E quando não está tudo bem?”.
Eu, pessoalmente, adoro receber livros: romances, ensaios, BD, divulgação científica, tanto faz! É tão bom o cheiro de um livro novo (e não me venham dizer que num tablet é a mesma coisa 🧐)!
📖 Acabei de ler, há alguns dias, o livro do meu colega psiquiatra João Carlos Melo, focado na perturbação borderline.
Gostei de o ler, e achei-o muito completo e informativo, de leitura fácil e sem demasiada linguagem técnica (psiquiatrês 😉).
🚨Alerta para os principais sintomas da doença, para as teorias da sua origem, assim como para a realidade difícil destes pacientes e das suas relações íntimas.
👉 Acho o livro indicado para quem deseja conhecer mais sobre esta doença/ perturbação mental, que tão má fama tem e que está envolta numa série de preconceitos. Para quem dela padece, para quem com ela contacta ou, simplesmente, para aumentar o seu conhecimento sobre saúde mental!
🧐 Fazem falta mais livros destes, sobre as temáticas da saúde mental, envoltas sempre em inúmeros preconceitos. Escritos por profissionais credíveis e acessíveis ao público em geral.
🗓 No próximo sábado estarei na festa do livro de Belém, dia 4/Junho, pelas 11h (para começar bem o dia), com a Carmen Garcia (aka @maeimperfeita), numa conversa sobre Saúde Mental 🧠 e Imperfeições! 😅
👉 Vai ser, com certeza, um momento bem divertido e, talvez, se fale de um ou outro assunto mais sério.
Vamos ver o que acontece quando se junta uma mãe (e enfermeira) 🧑⚕️imperfeita a um psiquiatra (e pai) 👨⚕️imperfeito. Está-se mesmo a ver: uma coisa mesmo “mal-amanhada”. Mas, na realidade, até que pode correr bem (ou não)… mas nada como estar lá para ver! 😉
E, claro, estarei disponível para dedicatórias e autógrafos do meu livro: “E quando não está tudo bem? Como (re)conhecer e agir na ansiedade e na depressão”. ✍️
Para além disso, os Jardins do Palácio de Belém são lindos e já tínhamos saudades desta iniciativa do nosso presidente Marcelo Rebelo de Sousa. 🇵🇹👍 (desde 2019 que, devido à pandemia, não tínhamos esta oportunidade de lá celebrar a cultura e os livros)!
De vez em quando ele encontra-se comigo, ou eu com ele, numa livraria, numa conversa, num paciente que me pede para o assinar. São momentos em que sinto imensa gratidão por ter tido esta oportunidade e pela recepção tão positiva que tem tido.
É cada vez mais importante que se fale abertamente sobre saúde mental, sobre as alturas em que não está tudo bem, em como podemos prevenir ficar doentes e como ser ajudados de forma eficaz. Acho que este livro é um pequeno contributo para esta abertura, para a discussão aberta de saúde e doença mental e para a quebra de estigmas e preconceitos.
👉 Se já leram, enviem as vossas opiniões, digam se foi útil. Nestas coisas dos livros nacionais é muito importante (e difícil) a divulgação, por isso fico-vos grato se o avaliarem nas plataformas dos livreiros (wook, Fnac, Bertrand, etc.) ou no Goodreads.
Conto convosco para chegar à 3a edição e estarmos todos cada vez mais à vontade e atentos para estes temas. Porque isto da depressão e ansiedade não são situações raras, pelo contrário!
Não há saúde sem saúde mental. 🧠💪
Abraços 🙏
Diogo Guerreiro
📖 “E quando não está tudo bem? Como (re)conhecer e agir na ansiedade e na depressão”, publicado em Dezembro de 2021 pela Ego Editora. Com prefácio do Professor Daniel Sampaio e ilustrações do Luís Santos.
Gosto tanto desta frase do psicanalista britânico Donald Winnicott (1896-1971):
Para Winnicott, cada ser humano tem um potencial inato para crescer de forma saudável, ter maturidade emocional e capacidade de integração. No entanto, o facto desta tendência ser inata não garante que isto aconteça de facto. Isto dependerá de um ambiente facilitador que forneça os cuidados e atenção que cada um precisa. Estes cuidados dependem da necessidade de cada criança, pois cada ser humano responde ao ambiente de forma individual, apresentando, a cada momento, condições, potencialidades e dificuldades diferentes.
E cabe a cada pai, mãe ou cuidador, saber encontrar estas necessidades, pelo menos de forma suficientemente boa (pois perfeitamente, sem erros, não é possível).
Também nos cabe a nós, como adultos, sermos suficientemente bons para nós próprios.
O meu livro “E quando não está tudo bem: como (re)conhecer e agir na ansiedade e depressão” já está na sua segunda edição!
Parece que esta boa recepção traduz a necessidade de compreenderemos o que é isto de estar ansioso ou deprimido e, sobretudo, de como reagir perante estas situações, assim como encontrar formas de prevenir e de saber como lidar.
Fico contente com este sucesso e com o facto de poder ajudar as inúmeras pessoas que contactam com estes problemas.
É com imenso prazer que divulgo o lançamento do livro que escrevi, intitulado: “E quando não está tudo bem? – Como (re)conhecer e agir na ansiedade e na depressão”.
Foi um desafio que me deu muita satisfação (e trabalho também) e que espero que vos desperte o interesse. Lançado pela Ego Editora (a quem agradeço a confiança), contando com as ilustrações de Luís Santos (um grande amigo) e com o prefácio do Professor Daniel Sampaio (uma das minhas grandes referências).
Uma das mensagens principais do livro é esta: É possível ficar bem, mesmo quando se passa por uma fase em que “não está tudo bem”.
Deixo-vos o índice, para ficarem com ideia do “esqueleto” do livro:
Prefácio – “Escuridão visível” 1. “E quando não está tudo bem?” – uma introdução 2. Saúde mental e bem-estar 2.1. Porque é tão difícil falar sobre saúde e doença mental? 2.2. Mente sã em corpo são 3. E quando ficamos ansiosos? – a ansiedade 3.1. “Não consigo respirar!” – a Perturbação do Pânico 3.2. “Perto disso, nem pensar!” – as Fobias Específicas 3.3. “O que é que vão pensar sobre mim?” – a Fobia Social 3.4. “Estou sempre nervoso.” – a Perturbação de Ansiedade Generalizada 3.5. “Não consigo evitar…” – a Perturbação Obsessivo-Compulsiva 3.6. “Fui ao Inferno… e ainda não voltei.” – a Perturbação Pós-Stress Traumático 4. E quando ficamos deprimidos? – a depressão 4.1. “Será só tristeza?” – a Depressão Major 4.2. “Aos altos e baixos.” – a Doença Bipolar 5. Prevenir a doença mental 6. Tratar a doença mental 6.1. Como se tratam as Perturbações de Ansiedade e a Depressão? 6.2. Os medos e a realidade das consultas de psiquiatria 6.3. Como ajudar alguém com doença mental 7. Autolesão e suicídio – conhecer os sinais, saber o que fazer 8. Umas Palavras finais
Ao longo da minha escrita tive dois grandes objetivos: querer que o leitor fique com uma noção mais realista do que são estas perturbações mentais (tentando ao máximo desmontar alguns dos mitos mais frequentes) e criar uma noção de empoderamento relativa à área da Saúde Mental (é possível fazer muito pelo nosso bem-estar mental, é possível criar bons hábitos, prevenir a doença e tratar as situações clínicas).
Espero, sinceramente, que gostem do que escrevi, mas mais do que isso, espero que esta minha partilha seja útil e, quem sabe, possa trazer uma maior tranquilidade em alturas mais desafiantes.