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Arquivo da Categoria: Comportamento humano

É tão bom ver o livro que escrevi a fazer o seu caminho…

De vez em quando ele encontra-se comigo, ou eu com ele, numa livraria, numa conversa, num paciente que me pede para o assinar. São momentos em que sinto imensa gratidão por ter tido esta oportunidade e pela recepção tão positiva que tem tido.

É cada vez mais importante que se fale abertamente sobre saúde mental, sobre as alturas em que não está tudo bem, em como podemos prevenir ficar doentes e como ser ajudados de forma eficaz. Acho que este livro é um pequeno contributo para esta abertura, para a discussão aberta de saúde e doença mental e para a quebra de estigmas e preconceitos.

👉 Se já leram, enviem as vossas opiniões, digam se foi útil. Nestas coisas dos livros nacionais é muito importante (e difícil) a divulgação, por isso fico-vos grato se o avaliarem nas plataformas dos livreiros (wook, Fnac, Bertrand, etc.) ou no Goodreads.

Conto convosco para chegar à 3a edição e estarmos todos cada vez mais à vontade e atentos para estes temas. Porque isto da depressão e ansiedade não são situações raras, pelo contrário!

Não há saúde sem saúde mental. 🧠💪

Abraços 🙏

Diogo Guerreiro

📖 “E quando não está tudo bem? Como (re)conhecer e agir na ansiedade e na depressão”, publicado em Dezembro de 2021 pela Ego Editora. Com prefácio do Professor Daniel Sampaio e ilustrações do Luís Santos.

 

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Ser encontrado e encontrar-se

Gosto tanto desta frase do psicanalista britânico Donald Winnicott (1896-1971):

Para Winnicott, cada ser humano tem um potencial inato para crescer de forma saudável, ter maturidade emocional e capacidade de integração. No entanto, o facto desta tendência ser inata não garante que isto aconteça de facto. Isto dependerá de um ambiente facilitador que forneça os cuidados e atenção que cada um precisa. Estes cuidados dependem da necessidade de cada criança, pois cada ser humano responde ao ambiente de forma individual, apresentando, a cada momento, condições, potencialidades e dificuldades diferentes.

E cabe a cada pai, mãe ou cuidador, saber encontrar estas necessidades, pelo menos de forma suficientemente boa (pois perfeitamente, sem erros, não é possível).

Também nos cabe a nós, como adultos, sermos suficientemente bons para nós próprios.

Tão atual. 🧠💪❤️

Abraços
Diogo Guerreiro

 

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Livro: “Gente ansiosa”

Acabei, recentemente, este livro 📖. Não conhecia o autor, Fredrik Backman, mas fiquei com vontade de ler os seus outros romances.

“Gente ansiosa” é uma história altamente criativa, com personagens incríveis e cheia de momentos surreais. É sobre assaltos a bancos, reféns, ansiedades, fogos de artifício e, claro, idiotas.

Fala também de coincidências e de como perfeitos desconhecidos podem ter tanto em comum.

Aconselho vivamente esta leitura, de que vos deixo um excerto que gostei particularmente:

“Talvez nos tenhamos cruzado hoje, com pressa no meio da multidão, sem darmos por isso, e as fibras do seu casaco roçaram no meu por um instante fugaz, e seguimos caminho. Eu não sei quem você é. Mas quando chegar a casa mais logo, quando o dia terminar e a noite se instalar, pare e respire fundo. Porque nós também chegámos ao fim deste dia. E amanhã haverá outro.”

Abraços e boas leituras 😉

Diogo Guerreiro.

 

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Absurdos do século XXI

Estou totalmente de acordo, cada guerra é um absurdo.

DG 2022

 

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E quando não está tudo bem, 2a edição

O meu livro “E quando não está tudo bem: como (re)conhecer e agir na ansiedade e depressão” já está na sua segunda edição!

Parece que esta boa recepção traduz a necessidade de compreenderemos o que é isto de estar ansioso ou deprimido e, sobretudo, de como reagir perante estas situações, assim como encontrar formas de prevenir e de saber como lidar.

Fico contente com este sucesso e com o facto de poder ajudar as inúmeras pessoas que contactam com estes problemas.

Estou grato por ter tido esta oportunidade!

Um bem haja a todos!

Abraços

Diogo Guerreiro

 

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Natal: é o que é.

É habitual existir a expectativa que a época natalícia é, por si, uma altura feliz. Afinal é uma altura de celebração, de recomeços, de proximidade com as pessoas de quem gostamos. Mas, isto não corre sempre de acordo com o esperado. Sentir-se mais deprimido (ou ansioso) no Natal é algo, efetivamente, frequente. 

Existem várias razões pelas quais isto pode acontecer, todo o rebuliço e stress desta altura, as mensagens constantes de felicidade (no matter what), o suposto reaproximar de amigos e familiares, podem colocar pressão acrescida em pessoas que estão em estado de fragilidade. Ou porque se sentem estranhos por “estar toda a gente feliz e eu não”, ou porque a angústia ou solidão que sentem é ainda mais vincada nesta fase… Isto pode acontecer apesar de não estarem nestes momentos sozinhos, muitas vezes sentir-se só na presença dos outros é uma experiência terrível. 

Não nos podemos esquecer que os lutos, as separações ou as perdas não respeitam datas festivas. Tal como quando se está a sofrer de uma depressão ou de outra perturbação mental, é mesmo difícil sentir-se “feliz como é suposto”. 

Quando se está deprimido ou ansioso é difícil aproveitar as ocasiões festivas. Não é possível forçar-se alguém (nem a si mesmo) a “estar bem”. 

Algumas coisas podem ajudar: 

  • Manter o autocuidado, tomando bem conta da sua saúde física e mental.  
  • Aceitar que as coisas são como são. Se este ano não se sente assim tão bem, não faz mal. 
  • Tente combater a solidão. Prefira a companhia de pessoas com quem se possa sentir à vontade, que saibam o que está a passar e com que pode partilhar este momento sem que se force a colocar a “máscara de está tudo ótimo”. 
  • O álcool é um depressor, não se esqueça disso e consuma-o com moderação. 
  • Luz solar, desporto, meditação, são estratégias que podem ajudar. Que tal um passeio na natureza nesta época festiva?
  • Liberte-se de expectativas, de procurar ter tudo perfeito ou de agradar a toda a gente. 
  • Dê a si mesmo uma prenda de natal. Uma coisa ou uma atividade que seja algo que goste realmente. 

Aproveito para desejar umas boas festas e uma serena entrada em 2022 a todos os seguidores deste blog. 

Um abraço e até breve. 

Diogo Guerreiro 

2021

 

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Filme: A metamorfose dos pássaros

Fui ontem ver o filme “A metamorfose dos pássaros”, realizado por Catarina Vasconcelos – candidato português ao óscar de melhor filme estrangeiro. É um filme muito diferente do habitual, com uma abordagem em que mais me parecia estar a ler poesia.

É-me difícil descrever como este filme me tocou. Esteticamente é uma obra de elevada originalidade e delicadeza, que nos toca muito para além daquilo que os olhos observam. A sua riqueza simbólica, assim como a aposta na metáfora como forma de comunicação, coloca o espectador num contacto constante com a sua mente emocional, moldando o que se passa no ecrã às suas próprias vivências. A mim fez-me lembrar os meus avós e percorrer alguns dos locais da minha infância. Acredito que a cada um evoque sensações e lembranças diferentes.

Muito do trabalho em psiquiatra e psicoterapia é aceder a esta parte emocional, assim como perceber as narrativas no modo único que cada pessoa as sente. Mesmo que isto tenha pouco a ver com o que objetivamente se passou. Muitas vezes lidamos com a perda e com os processos de luto que daí decorrem. E muitas vezes é difícil criar um sentido de algo que parece tão pouco racional. Nestes casos, algo essencial é deixar as emoções emergirem, algo que evitamos frequentemente no nosso dia-a-dia… por vezes é preciso inventar para superar, tal como a mensagem principal do filme “Aquilo que o ser humano não consegue explicar, inventa”.

Recomendo muito este filme! Se ainda o apanharem no cinema não percam a oportunidade.

Abraços

DG 2021

 

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Livro: E quando não está tudo bem?

É com imenso prazer que divulgo o lançamento do livro que escrevi, intitulado: “E quando não está tudo bem?Como (re)conhecer e agir na ansiedade e na depressão”.

Foi um desafio que me deu muita satisfação (e trabalho também) e que espero que vos desperte o interesse. Lançado pela Ego Editora (a quem agradeço a confiança), contando com as ilustrações de Luís Santos (um grande amigo) e com o prefácio do Professor Daniel Sampaio (uma das minhas grandes referências).

Uma das mensagens principais do livro é esta: É possível ficar bem, mesmo quando se passa por uma fase em que “não está tudo bem”.

Deixo-vos o índice, para ficarem com ideia do “esqueleto” do livro:

Prefácio – “Escuridão visível”
1. “E quando não está tudo bem?” – uma introdução
2. Saúde mental e bem-estar
2.1. Porque é tão difícil falar sobre saúde e doença mental?
2.2. Mente sã em corpo são
3. E quando ficamos ansiosos? – a ansiedade 
3.1. “Não consigo respirar!” – a Perturbação do Pânico
3.2. “Perto disso, nem pensar!” – as Fobias Específicas
3.3. “O que é que vão pensar sobre mim?” – a Fobia Social
3.4. “Estou sempre nervoso.” – a Perturbação de Ansiedade Generalizada
3.5. “Não consigo evitar…” – a Perturbação Obsessivo-Compulsiva
3.6. “Fui ao Inferno… e ainda não voltei.” – a Perturbação Pós-Stress Traumático
4. E quando ficamos deprimidos? – a depressão
4.1. “Será só tristeza?” – a Depressão Major
4.2. “Aos altos e baixos.” – a Doença Bipolar
5. Prevenir a doença mental
6. Tratar a doença mental
6.1. Como se tratam as Perturbações de Ansiedade e a Depressão?
6.2. Os medos e a realidade das consultas de psiquiatria
6.3. Como ajudar alguém com doença mental
7. Autolesão e suicídio – conhecer os sinais, saber o que fazer
8. Umas Palavras finais

Ao longo da minha escrita tive dois grandes objetivos: querer que o leitor fique com uma noção mais realista do que são estas perturbações mentais (tentando ao máximo desmontar alguns dos mitos mais frequentes) e criar uma noção de empoderamento relativa à área da Saúde Mental (é possível fazer muito pelo nosso bem-estar mental, é possível criar bons hábitos, prevenir a doença e tratar as situações clínicas). 

Espero, sinceramente, que gostem do que escrevi, mas mais do que isso, espero que esta minha partilha seja útil e, quem sabe, possa trazer uma maior tranquilidade em alturas mais desafiantes.

Abraços

Diogo Guerreiro

#saudemental #bemestar #ansiedade #depressão #prevenção #promoçãodasaúde

 

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Saúde mental

Um pequeno excerto do livro “E quando não está tudo bem?“, da minha autoria e que em breve estará disponível nas livrarias:

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a Saúde Mental como “um estado de bem-estar em que o indivíduo consegue utilizar as suas capacidades, enfrentar os stressores normais da vida, trabalhar produtivamente e contribuir para a sua comunidade“. Uma boa saúde mental promove a nossa realização pessoal, permite-nos pensar e sentir livremente, amar sem restrições, tirar prazer da nossa profissão e tomar decisões de forma autónoma. Facilita as nossas relações com os outros e, sobretudo, permite-nos apreciar e usufruir da nossa vida.

A saúde mental é muito mais do que a ausência de doenças ou deficiências mentais. Não é algo estático, nem uma característica inata ao nascimento ou que permaneça sempre igual ao longo do tempo. Tal como uma planta de que cuidamos, precisa de ser nutrida, cuidada e protegida, de forma a crescer de forma sustentada, ganhando flexibilidade e força para aguentar os embates negativos que a realidade impõe. Por vezes, vemos esta “planta” mais saudável, mais frondosa ou mais bonita… noutras alturas, passamos por sustos, por momentos de doença, em que a beleza se perde ou em que o crescimento se atrasa. Mas tudo está em constante mudança e as possibilidades são infinitas (saber isto é especialmente importante quando passamos por uma doença mental).

DG 2021

 

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Continuando

Ora viva,

Já passaram uns bons meses desde a última vez que escrevi aqui no blog… Tem sido um ano agitado, com muito trabalho e algumas atribulações. E, na realidade, a escrita sobre estes temas da saúde mental não tem parado; apenas assumiu uma nova forma.

Ao longo de vários meses tenho dedicado o meu tempo, entre consultas e família, à escrita de um livro focado nas temáticas da ansiedade e da depressão (mas não só!). Espero seja publicado em breve e que seja útil para as pessoas que se confrontam com estas questões, tão prementes nos dias de hoje.

Escolhi um título algo provocador “E quando não está tudo bem?”. Evocando aquela clássica pergunta “está tudo bem?”, que todos os dias fazemos quando cumprimentamos alguém, mas que raramente esperamos que seja respondida com sinceridade. Por vezes não está tudo bem, especialmente quando se está a lidar com problemas de saúde mental (nossos ou de outros que nos são queridos).

É tão importante estar à vontade para falar dos momentos em que não se está bem, tanto como das alturas boas. Todos somos seres humanos, todos temos momentos de fragilidade e vulnerabilidade. Mas, na prática, muitos de nós agem como se mostrar este nosso lado fosse algo vergonhoso. Não é! Partilhar os nossos problemas com alguém é um ótimo passo para resolvê-los. Pedir ajuda quando não está tudo bem deve ser encorajado e não visto como um sinal de fraqueza… a meu ver, é algo muito corajoso.

Espero dar-vos mais novidades em breve.

Abraços

Diogo Guerreiro

 

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